Igam realiza capacitação para alunos do curso de geologia da UFMG

Notícia

Criado: Sex, 05 jul 2019 20:06 | Atualizado: Ter, 27 ago 2024 17:39


Foto: Ângela Almeida 

TreinamentoPoçosTubulares dentro

Uma capacitação sobre amostragem à baixa vazão de poços tubulares foi ministrada pelo Igam a alunos da UFMG

 

Estudantes do curso de geologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tiveram a oportunidade de aprender, na prática, sobre a operação de poços tubulares, durante capacitação ministrada pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), no campus Belo Horizonte. O treinamento ministrado pelo especialista em Monitoramento de Águas Subterrâneas da gerência de Monitoramento Hidrometeorológico e Eventos Críticos (Gmhec) do Igam, Charles Douglas Coelho, foi voltada para mestrandos e doutorandos, com o tema: “Amostragem à baixa vazão de poços tubulares”. A capacitação aconteceu nessa quarta-feira, 3 de julho, no Instituto de Geociências (IGC) da UFMG.

 

No treinamento, os estudantes abordaram os fatores que influenciam na amostragem de água subterrânea e discutiram a escolha do método de micro purga ou baixa vazão, um importante instrumento de avaliação do nível de contaminação das águas em trabalhos de avaliação hidrogeológico e ambiental. Durante o treinamento, foi realizada também uma demonstração em campo, com o poço tubular do Córrego do Engenho, no campus da universidade. O especialista do Igam apresentou um poço virtual, para demonstrar o método de coleta subterrânea e no poço do Córrego do Engenho foi realizada a amostragem à baixa vazão em poço tubular.

Após a palestra, Charles Douglas realizou uma demonstração em campo, utilizando a amostragem à baixa vazão em poço tubular. Ele iniciou a demonstração lembrando que a purga do poço deve ser realizada antes da amostragem, seguindo alguns critérios de qualidade que vão influenciar na representatividade da amostra coletada em relação à qualidade do aquífero em estudo.

 

Durante a demonstração foi removido um determinado volume de água subterrânea do poço, com a finalidade de apurar informações sobre a água encontrada, tais como: a profundidade do poço, nível da água, volume de água contida no poço, dentre outros. Foram utilizados para a demonstração três métodos: com a bomba de baixa vazão, a bomba de 12volts e com o bailer.

 

“Esse tipo de demonstração serve para melhorar a capacidade da maioria dos poços de monitoramento, e gerar dados representativos, sem desvios químicos e hidráulicos. Outro aspecto é o de minimizar danos aos equipamentos utilizados na amostragem”, disse o especialista do Igam, Charles Coelho.

 

O especialista alertou que é necessário aplicar corretamente as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que tratam da construção e formação do posso tubular e do desenvolvimento e controle de monitoramento para fins de investigação e procedimentos. “No entanto, a norma não deve servir como substituta da experiência ou formação acadêmica, mas deve ser usada em conjunto com a experiência profissional”, frisou.

 

O coordenador do Projeto “Processos geradores de concentração Anômala de fluoreto na água subterrânea em região semiárida”, pelo Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Peter Marshall Fleming, acompanhou a demonstração e falou da importância das capacitações. “Todo planejamento dever ser realizado antes de ir a campo, além disso, os alunos devem imaginar alternativas para improvisos que eventualmente acontecem. Esse planejamento vai determinar a qualidade do trabalho dos profissionais na área”, completou.

 

Já Carolina Gomes Ribeiro, mestranda do Projeto Área de Proteção Ambiental (APA) Carste de Lagoa Santa, disse que esse momento de prática de coleta de agua subterrânea é bem interessante, uma vez o método de baixa vazão é considerado o melhor para medir a qualidade da água. “Podemos prever o curso da água, o grau de poluição, se está afetada, por exemplo, por algum posto de gasolina que esteja perto”, disse.

 

Ângela Almeida
Ascom/Sisema