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Os sistemas de monitoramento dos recursos hídricos do estado, além daqueles relacionados a eventos críticos, como temporais, enchentes e seca, foram apresentados por técnicos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) a estudantes de engenharia ambiental e civil. O curso, divido em quatro palestras e uma visita à sala de situação do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), ocorreu no dia 5 de outubro, na Cidade Administrativa.

Os estudantes participantes são alunos da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC) e da União de Ensino Superior de Viçosa (Univiçosa), na Zona da Mata.

As palestras foram proferidas por profissionais de tecnologia da informação (TI), meteorologistas, engenheiros civil, hídrico e ambiental. Na pauta estavam os temas “outorga e os conflitos pelo uso da água”, “monitoramento de qualidade da água”, “monitoramento meteorológico” e “monitoramento hidrológico”.

Na prática, os alunos puderam estabelecer a relação entre esses temas e a influência deles nos projetos da construção civil. Segundo a gerente de Monitoramento Hidrometeorológico e Eventos Críticos, Jeane Carvalho, o curso permitiu aos alunos a possibilidade de compreender melhor a relação da gestão de recursos hídricos com os projetos acadêmicos das engenharias civil e ambiental. “Essas parcerias com as universidades vêm sendo realizadas anualmente, sendo um importante mecanismo de pesquisa e extensão acadêmica para aproximar os futuros profissionais com uma temática de grande importância para a sociedade, a gestão das águas.

 

Foto: Janice Drumond

Estudantes da PUC e da Univiçosa assistem palestras por profissionais de tecnologia da informação do Igam

Durante o curso, os alunos puderam entender melhor sobre previsão do tempo, do clima e do comportamento hídrico; sobre o detalhamento na escala regional; preservação ambiental, além de aspectos socioeconômicos dos fenômenos hídricos. Temas muito importantes na construção civil, a sustentabilidade e a segurança nos projetos de obra, também foram abordados. Neste último quesito, foi dada ênfase nos fenômenos adversos, a exemplo de enchentes, estiagens e temporais severos, o que pode ser previsto pela meteorologia.

 

VISITA

Ao final das apresentações os alunos foram levados à Sala de Situação de Eventos Críticos e Hidrológicos do Simge, onde conheceram melhor sobre a operação dos instrumentos de monitoramento de vazão de água superficial dos rios e de previsão do tempo, além de entenderem como as informações coletadas se transformam em indicadores de tomada de decisão. Entre os produtos desenvolvidos pelo Simge estão os boletins meteorológicos, que são enviados à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), órgão que replica os alertas aos municípios, relatando a ocorrência de eventos críticos, como granizo ou temporais.

Engenheiro hidrológico da Gerência de Monitoramento Hidrometeorológico e Eventos Críticos (Gmhec), Felipe Dornelas chamou a atenção para a importância do trabalho desenvolvido pelo Igam para a área da construção civil. Segundo ele, os aspectos referentes às análises e aos estudos hidrológicos realizados pelo Instituto são fundamentais para formação de futuros profissionais da engenharia, uma vez que esta área tem atuação direta ou indireta sobre o uso de recursos naturais.

“O envolvimento com temas ligados à pauta hídrica permite tomadas de decisões mais coerentes e adequadas do ponto de vista da sustentabilidade das corporações e dos ambientes afetados”, afirma o técnico da Gmhec. Ele ressalta que o conhecimento acerca das ferramentas e procedimentos adotados no Igam favorece o entendimento prático dos conceitos teóricos aprendidos em sala de aula.

Felipe ainda chamou a atenção para a importância de o curso ter abordado o uso sustentável dos recursos hídricos. “Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer os desafios permanentes da gestão de águas em Minas e minimizarem qualquer conceito errôneo de abundância infinita dos recursos hídricos no estado”, afirmou.

 

Foto:Wilma Gomes

Sala de Situação de Eventos Críticos e Hidrológicos do Simge 

 

O IGAM

 

O Igam é um dos órgãos no Estado responsáveis pela vigilância sobre os eventos hidrometeorológicos e faz esse trabalho para minimizar os possíveis efeitos de fenômenos como cheias ou estiagens, para a população.

Dentro da estrutura do Simge, o Igam conta com radares meteorológicos localizados em Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Almenara e São Francisco.

O equipamento alcança 324 municípios localizados na Zona Metalúrgica e Campo das Vertentes, boa parte da Bacia do Rio Doce, da Zona da Mata e do Alto São Francisco, 68 no Vale do Jequitinhonha e 82 no Norte de Minas, e permite antecipar ocorrências de chuva, granizo, intensidade dos ventos e a velocidade de deslocamento das tempestades. O monitoramento é realizado localizado na Sala de Situação, na Cidade Administrativa

 

 

Wilma Gomes
Ascom/Sisema