Planejamento é essencial para elaboração de projeto

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A importância da etapa de planejamento para elaboração de um projeto foi o foco do workshop ‘Estrutura do Projeto e Critérios do Fhidro - Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais’. O encontro foi realizado nos dias 9, 10 e 11 de abril, em Belo Horizonte, e compôs o primeiro módulo do ‘2º Curso de Capacitação para Elaboração de Projetos do Fhidro’.

Para o professor Roberto Guidugli, a elaboração de um projeto pode parecer um procedimento simples, mas existem métodos e técnicas que facilitam a criação de uma proposta viável e que, por conseqüência, permite um gerenciamento eficiente do processo. Ele explica que todo projeto tem basicamente quatro etapas: objetivo geral, objetivos específicos, execução de atividades e verificação de resultados. A primeira fase deve privilegiar a missão do projeto, sintetizando a proposta. Os objetivos específicos estabelecem os limites do desenvolvimento do plano de ação, esclarecem a filosofia do projeto e devem estar de acordo com o objetivo geral. “Se uma proposta tiver mais de três objetivos específicos, é aconselhável que se faça um novo projeto”, adverte.

Segundo Guidugli, durante a elaboração de um projeto, o grupo de planejamento depara-se com problemas simples, controláveis, e outros mais complexos, difíceis de serem administrados, que estão além da competência da equipe. “Todo projeto tem riscos e a análise desse risco é que permitirá à equipe de planejamento decidir sobre a continuidade ou não do projeto”, pondera.

Guidugli enumera alguns critérios importantes para estabelecer a viabilidade do projeto: “por não ser uma rotina na vida dos beneficiários, cada proposta tem de ser única e exclusiva, com objetivos específicos a serem alcançados em um tempo delimitado”. Ele defende que seja montada uma equipe técnica multidisciplinar e acrescenta que é precisa ter três parâmetros bem definidos: prazo de duração, orçamento e qualidade. “Essas especificações são exigidas pelo mercado e medem a eficiência do projeto”, afirma.

Para o professor, a participação dos beneficiários durante todo o processo é fundamental, incluindo a fase de execução das atividades e a de verificação dos resultados. “Há uma tendência de fazer tudo sozinho, sem consultar os beneficiários. Por mais que um projeto seja tecnicamente avançado, eles devem ter a oportunidade de discuti-lo. É obrigação do comitê levar informação a eles”, comenta.