O diretor de Desenvolvimento e Conservação Florestal do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Luiz Carlos Cardoso Vale, observa que a medida é uma correção que já deveria ter acontecido. "A representação na rede internacional tem de ser feita pelo Governo central do país", afirma. "Minas Gerais iniciou o trabalho com bosques modelo no país e manterá seu assento como gestor das florestas existentes", completa. Luiz observa que a Espanha deverá passar por um processo semelhante já que, atualmente, a representação do país na Rede Ibero-americana se dá pelo Bosque Modelo Urbión, na região de Castilla e León.
As florestas, ou bosques, modelo têm a finalidade de promover a conservação e a utilização sustentável dos recursos florestais, incentivando as comunidades locais ao uso sustentável desses recursos, desenvolvendo atividades produtivas, educativas e de pesquisa. O modelo surgiu no Canadá na década de 1990 e foi trazido ao Brasil em 2005 quando Minas Gerais teve os bosques de Pandeiros e da Mata Atlântica reconhecidas pela Rede Ibero-americana. Atualmente, 13 países da América Latina, Caribe e a Espanha integram a Rede Ibero-americana.
O secretário-executivo da Rede Mundial de Bosques Modelo, o costarriquenho Fernando Carrera, explica que o ingresso do Brasil na Rede permitirá a ampliação da mesma no Brasil. "Já existe o interesse de alguns estados brasileiros de introduzir o conceito de bosques modelo e Minas Gerais mantém a liderança e o pioneirismo", afirma.
Com o ingresso do Brasil, a representação nacional na Rede Ibero-americana passa ao Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão criado em 2006 para a gestão de florestas públicas. O gerente executivo de informações florestais do SFB, Joberto Veloso de Freitas, explica que o trabalho realizado pela instituição é de gestão de áreas florestais para exploração sustentável e que , atualmente, está mais voltado para os biomas da Caatinga e da Amazônia com ações semelhantes ao desenvolvido com as florestas modelo. "A atuação acontece em grandes áreas num trabalho principalmente de gestão e não de fiscalização", afirma.
Sobre a incorporação ao diretório da Rede Ibero-americana de Bosques Modelo, Freitas afirma que foi um processo natural. "O IEF nos fez o convite que foi imediatamente acatado e enviamos a solicitação de ingresso para a Rede", destaca. Segundo ele, o Acre é o Estado com proposta mais avançada para formação da terceira floresta modelo brasileira.
Nesta sexta-feira (11/06), os representantes das Redes Internacional e Ibero-americano de Florestas Modelo conhecerão o trabalho de que vem sendo realizado com o apoio do IEF na região de Baependi, na gestão da Floresta Modelo da Mata Atlântica. 33 representantes de 15 países das três Américas, Caribe, África e Europa estão em Minas Gerais desde o dia 07 de junho e, nos dias 08 e 09, participaram do Seminário Ibero-americano 'Conhecendo os Bosques Modelo'.
Fonte: Ascom/ Sisema
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