crédito:Ingrid Báo/Semad
A microchipagem foi feita em cerca de 300 animais em situação de rua, sob tutela de ONG's ou pertencentes à população de baixa renda.
A cidade de Campo Florido, no Triângulo Mineiro, realizou o primeiro mutirão para a identificação animal no município, graças ao Termo de Cooperação firmado com o Estado. Foram quatro dias de ação, entre sábado (16/04) e esta terça-feira (19/04), com a microchipagem em cerca de 300 caninos e felinos em situação de rua, sob tutela de Organizações Não Governamentais (ONG's) ou pertencentes à população de baixa renda.
Com isso, o Programa Estadual de Microchipagem, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), avança em Minas Gerais, fortalecendo a política pública do Governo de Minas para combate ao abandono de animais. Após a doação, por meio do programa “Conheça Seu Amigo”, de mais de 63 mil microchips e leitores de identificação para 74 cidades mineiras, diversos mutirões serão realizados pelas prefeituras neste mês e nos próximos.
“A microchipagem é o RG dos animais e, por meio dessa identificação, podemos planejar políticas públicas municipais para o bem-estar de cães e gatos, assim como para toda a sociedade de Campo Florido”, afirma o prefeito de Campo Florido, Renato Soares de Freitas.
De acordo o secretário municipal de Saúde de Campo Florido, Alysson Eduardo Silva, com o programa “Conheça Seu Amigo”, o município conseguiu ampliar o serviço de identificação animal auxiliando as políticas púbicas relacionadas à fauna. “Antes dos equipamentos doados pelo Governo de Minas, fazíamos a microchipagem em 30 animais por mês. Agora, conseguimos ampliar este serviço e já no primeiro mutirão identificamos 300 felinos e caninos. Já temos planos para próximos mutirões no segundo semestre”, avalia.
Assim como Campo Florido, outras cidades já organizaram a identificação de cães e gatos pelo Estado e outras devem realizar mutirões em breve. “O primeiro passo para o fortalecimento dessa política foi dado pelo Governo de Minas, por meio da doação, em março, dos microchips e leitores. Reunimos as prefeituras selecionadas pelo programa e fizemos a doação para 70 municípios. Com os equipamentos em mãos, eles se organizam para efetivar a política pública, beneficiando os animais e toda a população”, ressalta o subsecretário de Gestão Ambiental e Saneamento da Semad, Rodrigo Franco.
PROGRAMA
Os 63 mil microchips e leitores doados pelo Estado foram entregues às prefeituras no dia 11 de março, quando o Governo de Minas assinou termo de cooperação técnica do programa “Conheça Seu Amigo”, em evento realizado na Cidade Administrativa, com a presença do Governador Romeu Zema e da secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo.
O documento permite a implantação da 1ª Fase do Programa Estadual de Microchipagem de Animais Domésticos “Conheça Seu Amigo”, cuja microchipagem, pelo método de aplicação subcutânea, é a forma de o poder público conhecer os animais, rastreando-os e acompanhando-os. O instrumento foi alcançado por ação conjunta da Semad e do Ministério Público de Minas Gerais.
CONVÊNIOS
Além do programa estadual Conheça Seu Amigo, a Semad faz parcerias com municípios para mutirões de castração e microchipagem, por convênio firmado entre as prefeituras municipais e a secretaria. Trata-se do Programa Estadual de Esterilização de Animais Domésticos, no qual a cidade de Congonhas é uma das conveniadas. Em fevereiro, foram castrados e identificados cerca de 640 animais no município. E novas ações estão programadas para acontecer nos meses de abril e maio.
Somente nesta ação do convênio, 100 animais passaram pelo procedimento, perfazendo cerca de 300 animais já castrados. O procedimento foi executado pelo Consórcio Público para o Desenvolvimento do Alto Paraopeba (Codap), em parceria com a ONG Protetores dos Animais de Rua de Congonhas, responsável pela parte de pós-operatório dos animais em situação de rua ou abandono.
A castração, além de coibir o descontrole populacional de cães e gatos, também é uma importante aliada na prevenção de doenças, como o câncer. A microchipagem, por sua vez, evita e desestimula o abandono de animais e auxilia na criação de políticas públicas, como, por exemplo, no aperfeiçoamento das campanhas de vacinação.