Em Minas, o aquecimento significaria, principalmente, aumento dos focos de incêndio e problemas na agricultura, especialmente nas culturas de soja e café, diz o pesquisador da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Luiz Cláudio Costa. "O aquecimento acentua os extremos, ou seja, mais chuvas em determinados lugares e menos em outros, acarretando problemas de inundações e secas", explica.
Outra possível mudança, apontada pelo secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, é no regime de chuvas, o que obrigaria um redimensionamento de barragens de indústria e mineração. Esses problemas e outros ligados à matriz energética atual, baseada em combustíveis fósseis, são, de acordo com os participantes, os desafios a serem enfrentados pelos mineiros nesse século.
Participaram do encontro do Fórum de Mudanças Climáticas, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho; o secretário Executivo do Fórum Mineiro de Mudanças Climáticas, Milton Nogueira; os pesquisadores das universidades Federal de Minas Gerais ( UFMG) e de Viçosa (UFV), professores Gilberto Caldeira e Luiz Cláudio Costa; e o coordenador do 3º relatório sobre mudança climática do Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima, Luiz Gylvan.
Fórum