Licenciamento ambiental do Sistema de Distribuição de Gás Natural no Centro-Oeste Mineiro é aprovado pelo Copam

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Criado: Sex, 22 dez 2023 17:52 | Atualizado: Ter, 27 ago 2024 17:34


 

Gasoduto Dentro

Empreendimento recebeu parecer favorável da Feam e é apontado como promissor para a expansão da infraestrutura energética no Centro-Oeste de Minas

 

O Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) aprovou, na terça-feira (19), o processo de licenciamento ambiental para o Sistema de Distribuição de Gás Natural (SDGN) Centro-Oeste, da Companhia de Gás Natural de Minas Gerais (Gasmig). O empreendimento recebeu parecer favorável da equipe técnica da Diretoria de Gestão Regional da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e, por unanimidade, foi deferido pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). O projeto foi apontado como promissor para o desenvolvimento econômico da região, com a expansão da infraestrutura energética no Centro-Oeste de Minas.

 

Aprovado por 12 votos, o parecer da Feam subsidiou a decisão da Câmara de Atividades de Infraestrutura de Energia, Transporte, Saneamento e Urbanização (CIF) do Copam sobre a solicitação de Licença Ambiental Concomitante para o SDGN Centro-Oeste.  O SDGN Centro-Oeste, definido como um gasoduto de distribuição, foi concebido para abranger 10 municípios de Minas Gerais carentes de energia alternativa e onde, na maioria, predomina o setor industrial e de serviços. São eles: Betim, Sarzedo, Juatuba, Mateus Leme, Itaúna, Carmo do Cajuru, São Gonçalo do Pará, Divinópolis, São Joaquim de Bicas e Igarapé.

 

Com um traçado previsto de 145 km, a área diretamente afetada será de 214,4856 hectares. As intervenções ambientais necessárias compreendem 51,8664 hectares de supressão em área de vegetação nativa, 31,2569 hectares de intervenção em Área de Preservação Permanente (APP), além do corte de árvores isoladas nativas vivas.

 

Para o parecer favorável, são previstas medidas compensatórias e programas para a preservação dos recursos naturais. “A avaliação técnica dos impactos ambientais foi considerada pela equipe que conduziu o processo com maestria, definindo dentro das melhores práticas as medidas de controle e mitigação de impactos ambientais. É um projeto de suma importância, entretanto, precisa ser devidamente avaliado para que os impactos ambientais sejam evitados, mitigados e compensados. A Semad e Feam cumpriram essa missão. ”, comenta o diretor de Gestão Regional da Feam, Vítor Salum.  

 

Sobre o projeto

 

O objetivo do projeto, além de suprir a carência de energia alternativa da região, é recompor a matriz energética regional disponibilizando insumos que reduzem o nível de emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) nas indústrias metalúrgicas (siderurgia e fundição), moveleiras e alimentícias, para se tornarem mais competitivas no cenário nacional e internacional.

 

O SDGN é definido como um gasoduto de distribuição e executa a movimentação de gás natural, desde instalações de processamento, estocagem ou outros gasodutos de transporte, pontos de entrega a concessionários estaduais de distribuição de gás natural, incluindo estações de compressão, de medição e de redução de pressão. O volume máximo de gás transportado por este empreendimento poderá chegar a 2,5 MM m3 /dia.

 

“Para a região de Divinópolis, esse empreendimento sempre foi aguardado por todos, pois vai possibilitar o crescimento da nossa indústria”, disse, durante a reunião do Copam, a presidente da Associação Comercial Industrial, Agropecuária e de Serviços de Divinópolis (Acid), Alexandra Galvão.

 

Estudos


Para o parecer da Feam, o projeto passou pelo processo de avaliação, incluindo estudos como o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Além disso, foram realizadas vistorias ao longo do traçado, documentadas nos Autos de Fiscalização pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Feam.   

 

Após uma análise técnica e jurídica detalhada dos estudos e da documentação apresentada, a equipe da Diretoria de Gestão Regional concluiu pela viabilidade ambiental do projeto. “Esse é um processo de licenciamento importante para o Estado de Minas Gerais, que agrega o desenvolvimento da região com a garantia de um olhar criterioso acerca dos impactos ambientais e suas medidas de controle, mitigação e compensação. O processo de licenciamento tem esse objetivo de dar peso ao fator ambiental e garantir um desenvolvimento sustentável”, comenta Vitor Salum.

 

Luciane Evans
Ascom/Sisema