Fotos: Divulgação/IEF
A cadeia montanhosa, cujo ponto mais alto se dá no Pico do Branquinho, a 1.400 metros, protege riquezas da fauna e da flora brasileira
Os interessados em realizar trabalho voluntário no Parque Estadual Serra da Boa Esperança já podem se inscrever. As inscrições tiveram início nessa segunda-feira (3/2) e seguem até o dia 20 de fevereiro. Serão selecionados 10 voluntários, que trabalharão no período do recesso de carnaval, que vai de 22 a 25/02. O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 20/02.
O Parque Estadual Serra da Boa Esperança, uma das unidades de conservação administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), tem utilizado o método de trabalho voluntário com intuito de desempenhar ações de interesse social e comunitário no parque. O objetivo é integrar a sociedade ao trabalho da unidade de conservação proporcionando experiências práticas aos estudantes universitários, colaboradores e moradores do entorno em diferentes atividades de gestão do Parque.
Toda a atividade desempenhada reverte em favor do serviço, com objetivo de complementar o currículo escolar dos voluntários e é feito sem recebimento de qualquer remuneração. Segundo o gerente do PESBE, Alan Vilhena, os benefícios desse tipo de contratação são mútuos. “Além de fortalecer o currículo do estudante e disseminar ideias de educação ambiental, também possibilita suprir o corpo técnico da unidade de conservação”, comentou.
O sistema de voluntariado foi criando em 2019 pela Portaria do IEF nº 67, que regulamenta o programa de voluntários para atuar nas unidades de conservação de Minas. Geralmente é direcionado aos estudantes de cursos relacionados à área ambiental como: Geografia, Biologia e Engenharia Florestal.
Para atuar nas atividades das unidades, os voluntários recebem uma capacitação. O conteúdo básico visa harmonizar as necessidades da unidade com as aspirações pessoais de cada voluntário. As atividades previstas são as temáticas de uso público, comunicação e educação ambiental, pesquisa e monitoramento.
O Plano de Ação do voluntário é elaborado após a capacitação, considerando a carga horária e o período de realização das atividades.
Os interessados deverão preencher a ficha de inscrição no anexo I do Edital e enviar junto com currículo, cópia do CPF, RG e comprovante de residência para o e-mail alan.ayres@meioambiente.mg.gov.br com o assunto “Inscrição Voluntariado PESBE 2020”.
Para acessar ao Edital completo clique aqui
O Complexo de Cachoeira Santa Luzia é formado por quatro quedas d'água que variam de 8 a 13 metros de altura e as trilhas de acesso são de baixo grau de dificuldade
O Parque
O Parque Estadual da Serra da Boa Esperança apresenta um relevo bastante acidentado, variando das chapadas planas às áreas de serras e escarpas. Nas chapadas, a altitude varia de 900 a 1.100 metros e nas serras e cumes chega a 1.400 metros.
A conservação dos abundantes recursos hídricos da região é um dos principais motivos da criação do Parque. A área abriga várias nascentes e cursos d'água de tributários do Rio Grande e do Lago de Furnas, que são responsáveis pelo abastecimento de comunidades e de propriedades localizadas no sopé da Serra.
O Parque ainda reúne grande potencial turístico com suas gargantas, cânions, cachoeiras e corredeiras. Os cursos d'água, de aspecto cristalino, indicam a boa qualidade para o consumo humano e de animais, tornado a preservação dos mananciais de primeira necessidade para o abastecimento das comunidades e fazendas localizadas no sopé da Serra.
Os estudos técnicos elaborados pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) apontam a existência de fragmentos vegetais importantes, apesar da intensa atividade humana. A área apresenta, ainda, em locais de difícil acesso, vegetação representativa de Mata Atlântica, cerrado e campos de altitude em bom estado de conservação.
A Serra da Boa Esperança também é famosa pela canção de mesmo nome, de Lamartine Babo. No século 20, o cantor e compositor gaúcho correspondeu-se com Nair, uma mineira de Dores de Boa Esperança. Tempos depois, visitando a cidade, ele descobriria que Nair era uma menina, sobrinha de um admirador seu, o dentista Carlos Alves Neto, verdadeiro autor das cartas. Juntos, fizeram a canção.
Wilma Gomes
Ascom/Sisema