Servidores do Instituto Estadual de Florestas (IEF) se reuniram, nesta quarta-feira (27/11), para dar início ao planejamento do órgão em 2025 no que diz respeito aos principais indicadores e entregas. A conversa, realizada na Fundação João Pinheiro (FJP), em Belo Horizonte, também elencou as principais entregas realizadas à sociedade no corrente ano.
Na primeira parte dos trabalhos, as equipes avaliaram o planejamento realizado para 2024, com a revisão de todos os produtos, indicadores e entregas realizadas. Também foi realizada uma análise swot de cada unidade do IEF, para que fossem identificadas suas respectivas forças, oportunidades, fraquezas e ameaças, com o intuito de desenvolver um plano estratégico ainda mais eficaz para 2025.
Já na segunda metade da reunião, a equipe deu início ao planejamento do próximo ano, pegando de aprendizado os pontos positivos e negativos de 2024. Uma dinâmica também foi realizada entre os servidores para destacar a importância do trabalho em equipe, valorizando a colaboração entre os colegas.
Saldo positivo
De acordo com o diretor-geral do IEF, Breno Lasmar, o ano de 2024 foi marcado por diversas entregas. Breno ressaltou que há alguns pontos que podem ser aperfeiçoados para 2025, mas que o saldo do ano que está se encaminhando para o fim, é positivo. “Temos grandes resultados que estamos fazendo e acreditamos que no próximo ano terá uma continuidade muito boa”, avalia.
Entre as entregas realizadas pelo IEF em 2024, cabe destacar o investimento nos escritórios regionais, tanto da capital quanto os do interior, com diversas aquisições de equipamentos, veículos, mobiliários e até reformas estruturais.
Também foram desenvolvidas ações importantes em Unidades de Conservação, no que diz respeito à estruturação dos espaços. O recurso utilizado foi fruto da Compensação Florestal Minerária, dispositivo previsto em lei e direcionado a todo empreendimento minerário, como forma de repor danos causados ao meio ambiente pela atividade econômica desenvolvida pelas empresas.
Combate ao desmatamento
Minas Gerais, Estado que conserva a maior área nativa remanescente de Mata Atlântica do país, registrou uma queda de 57% no desmatamento do bioma em 2023, em comparação com o ano anterior, de acordo com dados consolidados do Atlas da Mata Atlântica.
Para se chegar ao resultado, o monitoramento contínuo da cobertura vegetal, desenvolvido pelo IEF, foi um grande aliado. Isso porque o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) integrou a atividade de inteligente com a fiscalização ambiental.
O monitoramento contínuo também já apontava uma redução da área desmatada no ano passado e que novamente se confirmou neste ano de 2024. Entre janeiro e abril de 2024 foram identificados 296 alertas de desmatamento no bioma, totalizando 1.204 hectares. No mesmo período em 2023, foram identificados 301 alertas, que somavam 1.722 hectares.
Além disso, há o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA) que é um instrumento de regularização ambiental de imóveis rurais. Com as ações, proprietários ou possuidores que dispuserem de passivo ambiental, em áreas rurais consolidadas ou não, relativo à supressão irregular de remanescentes da vegetação nativa, em APP, Reserva Legal e de uso restrito, que tiverem inscrição no CAR poderão solicitar adesão ao PRA do estado, para que seja continuada a regularização ambiental do seu imóvel.
Atualmente, são mais de 1 milhão de imóveis inscritos no CAR, o equivalente a uma área superior a 42 milhões de hectares.
Matheus Adler
Ascom/Sisema