Foto: Emerson Gomes
O diretor-geral do IEF, Antônio Malard, explicou que o todo o material será submetido à aprovação do Copam
Equipes do Instituto Estadual de Florestas (IEF) estão reunidas em Belo Horizonte entre os dias 4 e 6 de dezembro para a etapa de finalização do projeto "Áreas Prioritárias - Estratégias para a Conservação da Biodiversidade e dos Ecossistemas de MG". O trabalho vai definir o mapeamento das regiões mais relevantes para preservação ambiental em Minas Gerais.
O mapeamento das áreas prioritárias atualizará o documento “Biodiversidade em Minas Gerais: Um Atlas para sua Conservação”, elaborado em 2005. O projeto é um instrumento de gestão territorial que utiliza critérios técnicos, com a participação de especialistas e da sociedade civil, para definir conjuntos de áreas nos quais há maiores margens de retorno aos esforços de gestão ambiental.
O trabalho orientará a rotina de decisões do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) na gestão ambiental em Minas Gerais, com dados georreferenciados, confiáveis e de alta qualidade. O projeto permitirá a produção de informações espaciais para subsidiar políticas públicas como a ampliação da rede de áreas protegidas, criação de corredores ecológicos, restauração e fomento florestal, revitalização de recursos hídricos, pesquisa, educação ambiental entre outros.
A definição das áreas envolveu as organizações não governamentais World Wide Fund for Nature (WWF) e Fundação Biodiversitas, além da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O trabalho foi feito nos últimos 14 meses com a ajuda de 200 profissionais de diversas áreas.
O diretor-geral do IEF, Antônio Augusto Melo Malard, explica que o trabalho subsidiará as ações do Estado, sociedade civil e setor produtivo nos próximos anos. “A atualização também abre caminho para atualização de outros estudos como o ZEE (Zoneamento Ecológico Econômico)”, explica.
A coordenadora geral do projeto pela World Wide Fund for Nature(WWF), Paula Valdujo, afirma que para cada espécie foi feito um levantamento que foi validado e, posteriormente, gerado o mapeamento da sua ocorrência. “Especialistas da UFMG fizeram o levantamento e a validação em campo”, observa.
A integração das áreas para a definição das prioridades permitirá listar as ações de conservação. “O mapa será a primeira orientação para que os especialistas de cada setor definam suas políticas”, afirma Paula Valdujo.
Entre os dados coletados para o trabalho, a equipe envolvida no projeto reuniu informações sobre ecossistemas, áreas de mananciais, invertebrados, peixes, mamíferos, anfíbios e outras espécies. O resultado lançará um olhar sobre as bacias e rios livres, a conservação das áreas de drenagem e ecossistemas aquáticos.
A oficina é a sequência de uma consulta pública que foi realizada para receber contribuições da sociedade. Anteriormente, foram realizadas quatro etapas de discussão, validação e consolidação dos resultados. Todo o conteúdo será submetido ao Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Ao final, os mapas e produtos serão disponibilizados na página do IEF na internet, no endereço www.ief.mg.gov.br
Emerson Gomes
Ascom/Sisema