Foto: IEF/Divulgação 

No encontro houve distribuição de mudas de plantas medicinais 

 

Sensibilizar as pessoas para a conservação das espécies vegetais medicinais, promover o bem-estar e a saúde, além de fomentar a produção dessas plantas como produto do desenvolvimento do turístico foram alguns dos objetivos do 3º Encontro de Plantas Medicinais de Ibitipoca, realizado nos dias 22 de 23 de junho na Unidade de Conservação. O encontro foi organizado pela equipe do Parque Estadual do Ibitipoca em parceria com Associação de Moradores e Amigos de Ibitipoca (AMAI) e o Grupo Entre Folhas da Universidade Federal de Viçosa e contou com a participação de cerca de 60 pessoas.

 

O Grupo Entre Folhas realiza, concomitantemente, o 18º Seminário Brasileiro de Trabalhos Comunitários com Plantas Medicinais, que faz parte do Programa de Extensão da Universidade: “Divulgação das plantas medicinais, da homeopatia e da produção de alimentos saudáveis”, já realizado em vários municípios mineiros.

 

Algumas delas servem de alimento para aves e mamíferos, como o Bicho preguiça. A espécie Lobeira ou Fruto do Lobo foi escolhida como ícone do evento. Os frutos são importantes na alimentação e saúde do Lobo-Guará, símbolo do PE do Ibitipoca. A árvore, que tem flores roxas, é da espécie das melíferas, ou seja, que atraem abelhas e contribui positivamente para a biodiversidade local. Já dos frutos verdes é produzido o polvilho que é indicado para uso medicinal. Enquanto na culinária, os frutos são utilizados no preparo de doces. A unidade de conservação abriga várias espécies de plantas medicinais com propriedades diversas

 

Entre as atividades previstas na programação houve também o lançamento do “Caminho das Plantas Medicinais do Ibitipoca”. “O Caminho das Plantas Medicinais do Ibitipoca” foi idealizado para ser uma nova rota para os visitantes que tenham interesse em conhecer as plantas medicinais da região, disse a gerente do parque, Clarice Nascimento Lantelme Silva.

 

Uma exposição das plantas medicinais e registros do Ibitipoca; Biocultura; Alquimia do pão; Farmácia Viva; visitação de plantas em campo e troca de mudas de plantas também fizeram parte da programação.

 

Clarice Lantelme explicou, ainda, que o encontro é uma retomada no tema das Plantas Medicinais, que tem como objetivo promover a saúde, o bem-estar e Conservação da biodiversidade. “Além disso é uma possibilidade de criar produtos que possam gerar emprego e renda para as comunidades do entorno”, disse.

“O trabalho está contemplado em um dos programas de manejo do parque, que é o Programa de Integração com o Entorno e ele está inserido dentro do subprograma de geração de alternativas de renda por meio de práticas sustentáveis”, ressaltou.

 

O Parque

 

O Parque Estadual do Ibitipoca é um dos mais visitados em Minas Gerais por suas belezas naturais, como cachoeiras, mirantes, grutas e outras atrações. A unidade de conservação está localizada no município de Lima Duarte, na Zona da Mata mineira, com aproximadamente 1,5 mil hectares de área preservada. O parque recebe em torno de 90 mil visitantes ao ano, sendo uma unidade bastante consolidada como destino turístico.

 

O Ibitipoca já foi considerado pelos usuários do TripAdvisor o terceiro melhor Parque da América Latina, em função de sua estrutura e atrativos. É o parque tem seu número limite de visitantes

por dia (capacidade de suporte) constantemente atingido em feriados (até 1.000 visitantes por dia).

 

Wilma Gomes
Ascom/Sisema