Foto: Evandro Rodney
O Parque Estadual Cerca Grande está localizado em Matozinhos, Região Central de Minas
O Parque Estadual Cerca Grande ganhou uma nova ferramenta de gestão. Em oficina realizada entre os dias 3 e 7 de dezembro, foi concluído o plano de manejo da unidade de conservação, localizada em Matozinhos, na Região Central de Minas. O estudo define as medidas prioritárias para a conservação e uso público do parque e traz uma novidade em sua elaboração. Ele é o primeiro concluído pelo IEF com a nova metodologia compartilhada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), já adotada em Minas Gerais.
Outra mudança positiva é a redução do prazo para elaboração do plano, que caiu em 76%, passando de 42 para 10 meses. A elaboração do plano de manejo do Cerca Grande foi concluída com prazo total de aproximadamente 10 meses. “Anteriormente, o tempo médio de elaboração de um plano de manejo era de 3,5 anos”, explica a gerente de Implantação e Manejo das Unidades de Conservação do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Cecília Fernandes Vilhena.
O plano de manejo do Parque Estadual Cerca Grande foi o piloto para as unidades de conservação estaduais com o novo método do ICMBio. Segundo Cecília, o novo modelo de elaboração dos planos de manejo promete estudos mais eficazes, elaborados em menos tempo e com menor custo aos cofres públicos. “O modelo amplia o caráter participativo da sociedade envolvida com a unidade de conservação”, afirma Cecília Vilhena.
Ela observa que, no caso do plano do Parque Cerca Grande, o trabalho teve o apoio da associação Proapa, uma associação criada para apoiar as sete unidades de conservação estaduais localizadas na região da Área de Proteção Ambiental (APA) Federal Carste, no Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Após a oficina, o plano ainda será submetido à aprovação do Conselho Consultivo do Parque e da Câmara de Proteção à Biodiversidade e de Áreas Protegidas (CPB) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). O Parque Estadual de Cerca Grande foi criado em 2010 na região cárstica e abriga um importante sítio arqueológico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
CUSTOS
Em 2018, os planos de manejo de nove unidades de conservação foram concluídos ainda utilizando o método antigo. São elas: Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Alto do Mucuri, Águas Vertentes, Rio Pandeiros e Cochá Gibão, os Monumentos Naturais Serra da Moeda e Lapa Nova de Vazante, o Parque Estadual Paracatu e Serra do Intendente e o Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pandeiros.
Segundo Cecília Vilhena, o ano de 2018 foi marcado pelos avanços na elaboração dos planos de manejo das unidades de conservação estaduais. “Anteriormente, uma média de dois planos de manejo eram concluídos por ano e, neste ano, nove foram concluídos, sendo seis aprovados na CPB do Copam”, afirma. “Com o novo método, esse avanço será ainda maior nos próximos anos, eliminando o passivo existente de falta de planos de manejo nas unidades de conservação estaduais”, completa.
Emerson Gomes
Ascom/Sisema