O livro “Parques e Reservas de Minas: patrimônio nas Minas Gerais” foi lançado da última terça-feira (06/12), na Casa Fiat de Cultura, Praça da Liberdade em Belo Horizonte. A publicação tem como finalidade mostrar as riquezas de Minas, além de ressaltar os aspectos regionais, culturais e históricos dos parques, reservas e seu entorno nas regiões do Estado, com o intuito de compreender todo o sistema que compõe esse mosaico.
O livro é uma produção da Lucca Cultura e Tecnologia, com apoio do Ministério da Cultura, com recursos da Lei Rouanet, patrocínio da Magotteaux Brasil e da Potencial Seguradora e apoio do Instituto Estadual de Floresta (IEF) e da Casa Fiat.
Segundo a produtora da publicação, Silvana Terenzi, o livro foi pensado no sentido de realçar as vocações diferenciadas de cada unidade, tanto do ponto de vista da preservação do patrimônio natural e histórico-cultural, do artesanato, da arquitetura, quanto da religiosidade, da gastronomia e da geologia.
Silvana relata que a partir das riquezas vistas no Parque Nacional do Caraça, um centro de espiritualidade, de cultura e educação, conservação ambiental, lazer, turismo e ecologia, ela viu a possibilidade de desenvolver uma publicação retratando as riquezas de diversas Unidades de Conservação (UC) em Minas Gerais.
Com fotografias do técnico ambiental do IEF, Evandro Rodney, além dos fotógrafos Marcelo Andrê e José Israel Abrantes, a publicação reúne informações com características da fauna e da flora, bem como o contexto histórico e a relevância de cada bioma e a inserção do homem em sua cultura. Também ressalta as especificidades das (UCs), reservas e sítios arqueológicos de Minas.
Na opinião da gerente de Unidades de Conservação do IEF, Cecília Vilhena, a publicação do livro contribui para a divulgação das áreas protegidas no estado e consequente sensibilização da sociedade sobre a importância da conservação deste rico patrimônio. “É preciso conhecer para valorizar”, disse. “O livro pretende levar à sociedade conteúdo e imagens que retratam as belezas de Minas em sua diversidade de paisagens, biodiversidade e cultura”, completou.
Esse tipo de iniciativa alerta para a preservação de uma forma mais harmônica entre homem e natureza, além de relacionar parques e reservas abertos à visitação e estimular os visitantes a conhecer e conservar o patrimônio natural de Minas. Outro aspecto, a ser observado é o fomento ao desenvolvimento sustentável e a recuperação de regiões impactadas, como a do quadrilátero ferrífero.
Além de salientar valores arqueológicos, o livro mostra aspectos culturais e comportamentais das comunidades e alerta como proteger espécies endêmicas e riquezas locais. Vale destacar o capítulo que trata das reservas particulares e iniciativas público-privadas, relacionadas na obra, que objetivam preservar as áreas de conservação como a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Feliciano Miguel Abdala, que trabalha pela preservação do mono-carvoeiro, o muriqui-do-norte ou muriqui, endêmico da Mata Atlântica, duramente ameaçado.
Ângela Almeida
Ascom/Sisema
