Foto: Reprodução/Youtube
Durante o evento, foram apresentados alguns dos impactos da crise climática global na segurança hídrica da população
Na última terça-feira (22/3), data em que se celebrou o Dia Mundial da Água, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) realizou o webinar “Recursos Hídricos no contexto do 6º Relatório de Avaliação do IPCC sobre Mudanças Climáticas”. O evento online, apresentado no canal Meio Ambiente Minas Gerais do Youtube, integra a programação da Semana da Água 2022 e contou com uma palestra do coordenador do Núcleo de Sustentabilidade, Energia e Mudanças Climáticas da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Alessandro Campos.
Durante o webinar, foram apresentados alguns dos impactos da crise climática global na segurança hídrica da população, segundo a mais recente edição do Relatório de Avaliação sobre Mudanças Climáticas, divulgado no último mês pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês). O documento, elaborado por 270 cientistas de 67 países, traz orientações para ajudar governos de 196 países a se preparar para limitar os danos decorrentes da mudança climática, a chamada "adaptação" aos riscos.
De acordo com Campos, as mudanças climáticas causam danos severos aos recursos hídricos com reflexo no ciclo da água e impactos na economia, sociedade e meio ambiente. “Ecossistemas saudáveis são mais resilientes à mudança climática e conseguem fornecer água potável e alimentos. Assim, restaurar a degradação e conservar de 30% a 50% das terras do planeta, habitats oceânicos e água doce ajuda a capacidade da natureza em absorver e armazenar carbono”, afirmou.
Segundo o Banco Mundial, a escassez de água, agravada pela crise climática pode custar a algumas regiões até 6% de seu Produto Interno Bruto (PIB), além de estimular crises migratórias em regiões de maior vulnerabilidade.
O relatório do IPCC aponta também que o aquecimento das temperaturas é um dos principais fatores para elevação da quantidade de umidade no ar. Isso intensifica o ciclo da água, aumenta o potencial de chuvas e, consequentemente, a possibilidade de ocorrência de desastres naturais. Nas últimas décadas, afirma o relatório, “ houve um aumento geral nas taxas de precipitação e evaporação.
“Uma coisa que as evidências científicas apresentadas no relatório nos mostra é que limitar o aquecimento global à meta do Acordo de Paris de 1,5C exigirá reduções imediatas, rápidas e em grande escala nas emissões de gases de efeito estufa. Cada fração de grau é importante”, salientou o palestrante.
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Edwaldo Cabidelli
Ascom/Sisema