O relatório do consultor corrobora a conclusão do relatório do Ministério Público Estadual, que aponta como provável causa do rompimento o desnível da crista da barragem, junto à ombreira direita, onde havia uma estrada de acesso ao local. Joaquim Pimenta explica que o vertedouro de emergência existente na ombreira direita da BSF não possuía um revestimento adequado à passagem do fluxo de água. Conseqüentemente, a parede lateral de terra, próxima à estrada, não resistiu às precipitações intensas do período, resultando na sua ruptura.

De acordo com o presidente da Feam, Ilmar Bastos Santos, independente da conclusão do relatório, a responsabilidade objetiva pelo rompimento é do empreendedor, que deverá tomar todas as medidas necessárias para a reparação dos impactos ambientais, algumas já em curso.

O laudo apresentado pela empresa atribui como causa do rompimento da barragem São Francisco os elevados índices de chuva que caíram na região nos dias anteriores ao acidente. Ambos relatórios serão encaminhados pela equipe técnica da Feam ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) e aos Ministérios Públicos de Minas Gerais e do Rio de Janeiro para apreciação.

Data: 19/03/07  Fonte: Ascom Sisema