O Ministério de Meio Ambiente (MMA) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) promoverão nove etapas regionais nas quais serão discutidos temas ligados à crise ambiental e às mudanças climáticas, como o crescimento populacional, a geração de resíduos e de gases que provocam o efeito estufa, agricultura e desertificação do solo, produção mais limpa e consumo consciente.

Nos dias 10 e 11 de dezembro acontecerá a Conferência Central Metropolitana, na Cidade dos Meninos São Vicente de Paula, em Ribeirão das Neves. A participação é aberta ao público em geral. O calendário completo das reuniões e o texto base para as discussões estão disponíveis no site da Semad.

Nos encontros regionais serão eleitos 76 representantes que participarão da 3ª Conferência Estadual e definirão as proposições com base nas discussões realizadas em todo o Estado. O documento final será encaminhado para a III Conferência Nacional de Meio Ambiente, que acontecerá em maio de 2008.

Conferência Estadual

As Conferências Estadual e Nacional de Meio Ambiente têm como objetivo construir um espaço de convergência social para a formulação de agendas ambientais que, com sensibilização e ampliação da população popular, estimulem a adoção de novas práticas de vida e o estabelecimento de uma política de desenvolvimento sustentável para os Estados e o País.

Em Minas Gerais, as mudanças climáticas trazem implicações para a vida em todas suas formas, acelerando os problemas e prejudicando a qualidade de vida. As secas prolongadas, as enchentes, a diminuição da biodiversidade, as dificuldades na produção agrícola e na pecuária são efeitos que começam a ser sentidos em todo o Estado.

A especialista em energia e fontes alternativas da Semad, Ana Luiza Dolabela observa que os problemas ambientais ultrapassam as fronteiras nacionais e requerem tratamento em âmbito global, pois afetam a vida de todos. "Vivemos uma situação de inúmeros impactos no mundo e alguns limites do nosso planeta foram ultrapassados ou estão na eminência de serem", afirma. "Embora as mudanças climáticas sejam um problema global, suas conseqüências se darão de forma local e, por isso, exigirão soluções diferenciadas e descentralizadas e os municípios e estados brasileiros terão de fortalecer da gestão ambiental local", completa.

30/11/2007
Fonte: Ascom/Sisema